11/08/2017

Marcelo Munhoz

O gosto pelo esporte e o bem-estar que a prática proporciona foram o que o manteve sempre ativo

O tênis há mais de 45 anos na vida de Munhoz
O gosto pelo esporte e o bem-estar que a prática proporciona foram o que o manteve sempre ativo
Marcelo Munhoz, 58 anos, empresário no ramo de construção civil, é o jogador de tênis mais antigo na ativa, em Lajeado. Tenista desde os 12 anos de idade, Marcelo é praticante dessa modalidade esportiva há mais de 45 anos. Nesse tempo, ficou afastado do esporte por quatro anos, período em que morou em Porto Alegre. Quando voltou para Lajeado, retornou às quadras. Depois de aproximadamente 15 anos jogando, fez uma nova pausa, por um período de seis anos.
Quando voltou a jogar, lesionou o ombro e precisou passar por procedimento cirúrgico, o que o afastou da prática esportiva novamente, mas o gosto e o prazer pelo esporte o fizeram retornar às quadras há cerca de 60 dias, com muitas histórias para contar.
Trajetória no esporte
Munhoz sempre gostou de praticar esportes, mas o tênis despertou sua curiosidade. Foi apresentado à modalidade aos 12 anos, quando jogou sua primeira partida com o amigo Ricardo Koefender.
Seu maior incentivador foi Egon Trentini, um grande amigo e vizinho de seu pai.
Munhoz revelou que, na época em que começou a jogar, não tinha instrutor, nem professor, que aprendeu na prática, com muita força de vontade.
Jogadores da época, como Egon Trentini, Dirceu Schmitt, Marco Antônio Pinto, Valter Brauner, Fernando Bentz, eram pessoas com quem Marcelo jogava, todos bem mais velhos, mas que abriam espaço para que ele pudesse aprender e praticar. “Todos eram pessoas bem mais velhas do que eu, então, eu ia lá, esperava um pouco; se tinha uma vaga, eles me encaixavam para jogar. Comecei servindo de curinga. Às vezes, chegava às 14h e saía às 18h do clube. Havia dias que jogava de três a quatro partidas, terminava uma e emendava em outra, e assim fui aprendendo”, relata Munhoz.
O tenista explicou que na época em que começou a jogar não havia muitas pessoas que praticavam o esporte. “Eu era guri novo e jogava com esse pessoal porque não tinha gurizada da minha idade para jogar. Durante muitos anos, eu fui o único jovem que praticava tênis. Depois de uns anos para cá que essa gurizada começou”, destaca.
Com sua experiência, Munhoz também foi professor de tênis no Clube Tiro e Caça.
Competições
No início, Munhoz jogava com os amigos e foi gostando cada vez mais da prática, principalmente das amizades que foi fazendo por causa do esporte, e, então, começou a participar de campeonatos. “Disputei muitos na época, inclusive de campeonato estadual, mas jogava muito mais por aqui. Na época, tinha vários troféus, e quem me patrocinava para disputar campeonatos era a empresa Terraplenagens Giovanella”, acrescenta.
O tenista sempre treinou no Clube Tiro e Caça e começou a competir, com maior frequência, entre os seus 16 e 17 anos, quando participou de quatro campeonatos estaduais. Seu principal objetivo era o de participar e testar seus limites, mas também jogou partidas regionais e municipais. O tenista venceu cinco vezes o Campeonato Raquetes de Ouro.
De acordo com o tenista, seu principal adversário, na época, era Dirceu Schmitt. “Ele tinha um nível técnico bem elevado e, durante muitos anos, foi o melhor jogador em Lajeado”, destaca.
O foco do esportista não estava nas competições, mas sim no gosto pelo esporte. “Até porque não tinha a estrutura que os praticantes têm hoje para competir. Eu era um cara que era mais da força, e essa gurizada de hoje é mais técnica, tanto que a qualidade, o nível do tênis, hoje, nem se compara conosco”, justifica.
Investimento no esporte
Munhoz enfatizou a importância de investir em estrutura para a prática do tênis e enalteceu os investimentos realizados por parte do Clube Tiro e Caça, que, em sua opinião, ajudaram a elevar a outros patamares o nível técnico do tênis em Lajeado. “Com certeza, o nível técnico de Lajeado, hoje, é muito maior que naquela época; evoluiu bastante. Acredito que seja também porque o Clube Tiro e Caça investiu muito no tênis, construiu quadras, contratou professores, que ensinam as técnicas, por isso, hoje, temos um excelente nível técnico em Lajeado, temos muitos jogadores bons”, avalia.
O que o esporte trouxe para a sua vida?
Para Munhoz, o tênis é um esporte muito fácil, prático, saudável, agradável, que possibilita encontrar e manter um bom relacionamento entre amigos. “O tênis me trouxe muitas coisas boas, como amizades, lazer, bem-estar, porque faz bem praticar um esporte”, destaca.
Há mais de 22 anos, Munhoz tem um grupo de amigos, com pessoas de várias idades, que praticam a atividade todas as quartas-feiras.
O que você diria aos jovens tenistas?
“Eu considero o tênis um esporte muito bom porque é individual, então, você convida uma pessoa e vai para a quadra jogar, enquanto para praticar outras modalidades esportivas, como futebol, futebol sete, basquete, vôlei, precisaríamos de muitas outras pessoas envolvidas. Tanto no jogo simples como em dupla, necessita de um ou de mais três pessoas apenas e podemos iniciar o jogo. Hoje, o clube está com uma estrutura ótima para o tênis, muito bem organizada, e isso que fez com que o nível do esporte evoluísse muito em Lajeado. Nem se compara à nossa época. O clube tem, atualmente, três professores. Quando eu comecei, aprendi na prática, sem técnica”, lembra Munhoz.
Sobre o tênis
É um esporte de origem inglesa, disputado em quadras geralmente abertas e de superfícies sintéticas, cimento, saibro ou relva. Participam do jogo, dois oponentes ou duas duplas de oponentes, podendo ou não ser mistas. A quadra é dividida em duas meias quadras por uma rede, e o objetivo do jogo é rebater uma pequena bola, com uma raquete, para a meia quadra adversária.
Para marcar um ponto é preciso que a bola toque no solo em qualquer parte dentro da quadra adversária, fazendo com que o oponente não consiga devolver a bola antes do segundo toque ou que a devolva para fora dos limites da outra meia quadra. O desporto, assim, possui aspectos de ataque (rebater bem a bola, dificultando a devolução do adversário) e defesa (bom posicionamento em quadra, antecipação do lance adversário).

Fonte texto: Alana Gausmann Flores

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