11/08/2017

Adefil 2017

Encontro em Lajeado foi o “arremesso” inicial para a organização de um Campeonato Estadual de Basquete Sobre Rodas

Adefil 2017
Cesta de três pontos
Encontro em Lajeado foi o “arremesso” inicial para a organização de um Campeonato Estadual de Basquete Sobre Rodas
Lajeado – Mesmo com os entraves pertinentes a atual situação econômica do país, que acabam inibindo a consolidação de inúmeros projetos que dariam mais qualidade de vida a diversas pessoas, a Associação de Deficientes Físicos de Lajeado (Adefil) não esmorece e toma a dianteira com mais sete cidades do Estado, para a consolidação do Campeonato Estadual de Basquete Sobre Rodas.
Integram o projeto, os municípios de Novo Hamburgo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Canoas, Caxias, Carazinho e Erechim, além de Lajeado. Ainda apoiam a iniciativa, mas passam a integrar a competição em 2018, Livramento, Santa Maria, Pelotas e passo Fundo.
O início
No dia 1º de abril, estiveram reunidos na sede da Adefil, a coordenadora Reni Lawall; o presidente Nestor Martinelli; o treinador de basquete Sobre Rodas, Cristofer Negri; além dos representantes das equipes que irão participar da competição, e Tiago Frank, treinador da Seleção Brasileira de Basquete Sobre Rodas.
Para Reni Lawall, “a luta em busca de mais qualidade de vida para os deficientes físicos é diária. Nosso empenho é gigantesco para conseguir colocar em prática, os projetos alinhavados. Agora, a causa é consolidar o Campeonato Estadual de Basquete Sobre Rodas, mas sem deixar de lado o nosso grande sonho, que é a construção do Ginásio de Esportes, junto a nossa sede”, explica a coordenadora.
Para Marquinhos Lang, integrante do grupo de Basquete Sobre Rodas, Blindados do Vale, “os custos são cada vez maiores, mas com o empenho de todos e a colaboração dos muitos amigos da Adefil, mais uma vez a entidade sairá vitoriosa”, pondera o esportista.
Já o caxiense Tiago Frank, treinador da Seleção Brasileira de Basquete Sobre Rodas, acredita que a iniciativa da criação do Campeonato Estadual de Basquete, oportunizará uma maior visibilidade junto aos empresários e as instituições que podem alocar recursos para estes projetos. “Quando participei das Paralimpíadas, pude constatar o carinho que nossa população nutre pela nossa luta, de termos as mesmas oportunidades que os atletas sem deficiências”, relembra o treinador. Em uma entrevista durante a Paralimpíadas, Tiago Frank deixou a seguinte mensagem: “O sucesso é a paz de espírito proveniente da consciência de que você fez o maior esforço possível para se tornar o melhor dentro do seu potencial.”
Calendário
1ª etapa: 13 de Maio – Novo Hamburgo
2ª etapa: Junho – Porto Alegre
3ª etapa: Julho – Santa Cruz do Sul
4ª etapa: Agosto – Lajeado
5ª etapa: Setembro – Canoas
6ª etapa: Outubro – Caxias
7ª etapa: Novembro – Carazinho
8ª rodada: Dezembro – Erechim
Conheça algumas regras deste tipo de competição
A CADEIRA DE RODAS
A cadeira deve se adequar a certos padrões para garantir segurança e competitividade.
A cadeira pode ter 3 ou 4 rodas, sendo duas rodas grandes na parte traseira e uma ou duas na parte frontal. Os pneus traseiros devem ter o diâmetro máximo de 66 cm e deve haver um suporte para as mãos em cada roda traseira. A altura máxima do assento não pode exceder 53 cm do chão e o apoio para os pés não poderá ter mais que 11cm a partir do chão, quando as rodas dianteiras estiverem direcionadas para frente. A parte de baixo dos apoios devem ser apropriados para evitar danos à superfície da quadra.
O jogador poderá usar uma almofada de material flexível no assento da cadeira. Ela deverá ter as mesmas dimensões do assento e não poderá ter mais de 10 cm de espessura, exceto para jogadores de classe 3.5, 4.0 e 4.5, onde a espessura deverá ser de no máximo 5 cm.
Os jogadores podem usar faixas e suportes que o fixem na cadeira ou faixas para prender as pernas juntas. Aparelhos ortopédicos e protéticos podem ser usados. O cartão de classificação dos jogadores deve informar o uso de próteses e afins e indicar todas as adaptações na posição do jogador na cadeira.
Pneus pretos, aparelhos de direção e freios são proibidos. Os árbitros devem checar as cadeiras dos jogadores no início do jogo, para que conferir se estas cadeiras estão de acordo com as normas estabelecidas.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE JOGADORES
O basquete em cadeira de rodas é um jogo para pessoas com deficiências permanentes nos membros inferiores. O sistema classifica os jogadores baseado na observação de seus movimentos durante uma performance de habilidades de basquete como: empurrar a cadeira, driblar, passar, receber, arremessar e pegar rebotes. As classes são: 1.0, 1.5, 2.0, 2.5, 3.0, 3.5, 4.0 e 4.5. A cada jogador é atribuído um valor em pontos igual à sua classificação.
Os pontos dos cinco jogadores são somados para formar um time que alcance um determinado total de pontos. Para os Campeonatos Mundiais da IWBF, competições paraolímpicas, campeonatos locais e torneios classificatórios para esses eventos o time não pode exceder a 14 pontos.
Cada jogador possui um cartão de classificação que deve ser usado durante o jogo. O cartão mostra a classificação do jogador, indicando também quaisquer modificações no seu assento e o uso de faixas ou aparelhos protéticos e ortopédicos.

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