10/08/2017

Amigos Motogrupo Tranca

Uma viagem, 11 amigos e muitas histórias na garupa

Uma viagem, 11 amigos e muitas histórias na garupa
Entre os dias 29 de outubro e 7 de novembro, integrantes do Amigos Motogrupo Tranca viajaram para Bariloche e Rota dos Sete Lagos, na Argentina
Motor revisado é hora de partir. Após viajar para o Chile, duas vezes para o Uruguai, três vezes para a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina e uma vez para a Ilhabela, em São Paulo, o lajeadense, Renê Reis dos Santos, 46 anos, gostou da ideia de organizar aventuras sobre duas rodas. O momento de lazer e diversão foi levado tão a sério, que ele foi apelidado de presidente pelos amigos motociclistas. Assim, o grupo que antes era somente parceiro de trilhas (Tranca Trilha), resolveu pegar o asfalto e, então, ganhou reforço com outros adeptos e o nome de Amigos do Motogrupo Tranca.
Mas, segundo Renê, o grupo se altera todos os anos. Alguns só participam das trilhas, outros somente das viagens no asfalto e outros de ambos, como é o seu caso. "Desde o início, esta viagem de 2016 para a Argentina foi a maior em número de participantes." Tudo começou em 2012, quando ele e o amigo Ricardo Arenhard viajaram até Santiago e, ao ver as fotografias da dupla, outros membros do motogrupo criaram coragem. Momento em que alguns foram para o Uruguai, Santa Catarina e São Paulo.
Entretanto, foi em 2015 que o motociclista organizou a primeira aventura sobre duas rodas para um grupo maior. "Fomos em oito pessoas para o deserto de Atacama", explica. Depois, o grupo resolveu que, a partir daquele momento, haveria a organização de uma viagem por ano. "Eu que puxo a frente, organizo o roteiro, os locais para hospedagem e pontos de parada. Já me sinto confortável para levar todos em segurança."
Onze amigos na Argentina
Para este ano, Renê organizou uma viagem para Bariloche e Rota dos Sete Lagos, na Argentina. O grupo de 11 amigos, além dele, era formado por: Luís Brenner, Paulo Ströher, Márcio e Marciano Fröhlich, Edimilson de Souza, Ricardo Arenhard, Márcio Göerck, César Kunzel, Thadeu Janoski e Marcelo De Conto. Eles saíram de Lajeado no dia 29 de outubro e retornaram no dia 7 de novembro.
Renê explica que a parada para o abastecimento é a mesma para o descanso. "Andamos, em média, 200 quilômetros e paramos." Com base nesse cálculo, ele diz que é possível organizar no trajeto onde será o local em que o grupo irá passar a noite, após percorrer de 800 a 900 quilômetros durante o dia. "Procuro sempre deixar um desvio de 200 quilômetros antes do ponto final para que em caso de algum imprevisto, tenhamos onde passar a noite."
Tudo é bastante planejado, pois segundo Renê, o grupo não viaja à noite e também não faz refeições completas durante o percurso para evitar o sono e paradas desnecessárias. "Sempre entramos em um acordo quando um quer seguir adiante e outro não. A ideia é andar somente em segurança."
Para auxiliar em lugares de trânsito, o grupo conta com um comunicador, instalado nos capacetes de Renê e Thadeu. "Ele serve para que possamos sair em comboio. Não tem um bom alcance, mas serve de apoio para o deslocamento."
Renê diz que é preciso ter a mente aberta para participar dessas viagens longas, porque nem sempre a sua opinião vai servir, pois na verdade, o desejo da maioria prevalece. "São dez dias de convivência, em que acordamos, almoçamos e dormimos com o mesmo grupo, por isso, é preciso ter bom senso."
Histórias na garupa
Todos os dias uma nova história para contar. Conforme Renê, muitas brincadeiras fazem parte do dia a dia do grupo. Entre elas, ele recorda do dia em que o grupo fotografou o Thadeu com um par de chifres. "Fomos pedindo para que ele fosse mais para o lado, até que encaixou bem (risos)." Demoraram alguns minutos e até as esposas já riam da imagem. "Nós temos um grupo no WhatsApp e elas também, estamos sempre em comunicação."
Outra história, desta vez curiosa, é que a alimentação em Bariloche era mais cara que a hospedagem, portanto, o grupo resolveu escalar o Thadeu para ser o cozinheiro da viagem. "Pegamos quartos para quatro pessoas para que um deles virasse a base, assim, tiramos os móveis de um apartamento para nos juntarmos em um só."
Renê diz que o grupo é unido até na hora de pagar as contas e não tem essa de quem comeu o quê ou quem bebeu o quê. "Rachamos tudo." Enquanto uns ajudam na cozinha, outros jogam cartas ou aproveitam os minutos para conversar com suas esposas. "Histórias para contar é o que mais têm (risos). Vivemos alguns momentos de apreensão, outros de brincadeira, mas o mais importante é a amizade que se fortalece a cada nova viagem."
Próximas aventuras
Para 2017, o grupo projeta fazer duas viagens. Uma delas será com as esposas, no mês de abril e deve durar três dias. "Será uma viagem programada para elas, com passeios voltados às mulheres", afirma Renê. Já entre o final de agosto e início de setembro, os homens devem ir para Santiago. "Enquanto isso, vamos fazendo pequenos passeios, como, por exemplo, para Bento Gonçalves."
Entre as motocicletas do grupo está uma Triumph Tiger 800 XC, uma Harley Davidson Big Trail e uma Gold Wing da Honda. "Um fato curioso é que durante o trajeto, a gente troca de moto. Assim, todos andam com todas."
Fonte texto: Carolina Gasparotto

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