09/08/2017

Jackson Coletti

O craque do gol atingiu 25 bolas na rede durante um ano

Atacante
Coletti, o homem-gol
O craque do gol atingiu 25 bolas na rede durante um ano. Uma marca que ficou registrada na mente dos torcedores do Lajeadense
Gol e mais gol. É isso que todo torcedor espera do atacante do time do coração. E esse retrospecto Jackson Coletti, 37 anos, deixou pelos clubes por onde passou, tanto no amador quanto no profissional. Ele é mestre na arte de colocar a bola na rede. Em 2005, foi artilheiro da Copa RS e, naquele ano, assinalou, oficialmente, 25 gols em partidas, uma marca dificílima para jogadores dessa área.
Começou por incentivo do pai, que sempre jogou futebol amador. Ele entrou nas escolinhas de futebol com 8 anos, disputou Campeonato Piá e frequentou o Nacional de Lajeado e, depois, o América de Estrela, até que conquistou uma vaga no Lajeadense e ficou por lá durante anos. Sua convivência com atletas profissionais fez com que tivesse o sonho de ser jogador e, por isso, se profissionalizou no time.
Em 1997 ocorreu o seu primeiro jogo no time profissional como atacante. Foi contra o Chapecoense, e Coletti lembra que os adversários eram atletas conhecidos no Brasil, mais antigos e famosos. “Nossa, foi o máximo a vinda desse pessoal pra Lajeado e ainda jogar contra eles. A emoção foi grande.”
Coletti jogou profissionalmente no Lajeadense de 2007 a 2010. A partir daí começou a jogar em outros clubes, como no Avenida, no Passo Fundo, Bagé, entre outros. Em 2004, voltou para o Lajeadense e, em 2005, foi goleador, com 12 gols, na Copa RS. Com essa campanha, passou pelo Crac de Catalão, Esportivo, Legião, Novo Horizonte, Chapecoense. Em 2007, voltou para o Lajeadense e ficou mais um semestre.
Coletti jogou até 2011 no Guarani de Venâncio Aires, depois de sofrer uma lesão no nervo ciático. “Não conseguia mais treinar em alto nível, e o salário não estava mais valendo a pena. Meu filho era bem pequeno, e aí decidi priorizar a família. O amador também pagava melhor.”
Ele diz que todos os clubes ligavam, mas ele estava sempre lesionado, então, acabou perdendo espaço. “Quando somos jogador de futebol, estamos no auge da idade de festas e curtição. Então, esse é o maior problema do jogador e das lesões que muitos sofrem. Poucos se cuidam como deveriam.” Conta que teve grandes oportunidades de times grandes que perdeu porque estava lesionado. “Futebol é momento.”
Hoje, Coletti joga no amador de São Lourenço, em Salvador do Sul, e ainda disputa os campeonatos municipais. “Agora, divido meu tempo com meus filhos, família, trabalho e futebol.”
O que mais o marcou
Ele conta que era conhecido como o homem-gol. Inclusive nas suas contratações era essa a forma de venda de Coletti. Sua marca no futebol era fazer muitos tentos nos campeonatos. “Ser goleador do campeonato estadual é algo que sempre vai ficar como marca.”
Na Copa RS, teve um gol nacionalmente falado de Coletti que ele fez com seis segundos de partida. O gol foi o único daquele jogo contra o Caxias e ficou para a história dele, do time e do campeonato.
Filhos jogadores?
Os filhos Bernardo, 8 anos, e Vicente, 4 anos, adoram futebol. “Eles dormem com a bola e quebram tudo dentro de casa jogando de tanto que gostam.” Coletti diz que os deixará decidir se querem ser jogadores de futebol e os apoiará nas decisões, auxiliando no que for preciso. “No meu tempo era tudo muito diferente. Meu pai não tinha dinheiro pra comprar uma chuteira legal pra mim ou pagar alguma estrutura de treino. Nisso já poderei auxiliar mais meus filhos.”
*Times em que jogou
Amador
- Campestre
- São Cristóvão
- Jardim do Cedro
- Igrejinha
- Delfino Costa
- Estudiantes
- Internacional
- Arroio do Ouro
- Cruzeiro Lajeadinho
- Flamengo (Progresso)
- Esperança (Teutônia)
- Concórdia (Roca Sales)
- Botafogo (São Lourenço)
- Linha Sete (Santa Cruz)
- Flamengo (Santa Cruz)
- São Roque (Boqueirão)
- Lago Azul (Encantado)
- Montanha
Profissional
- Lajeadense (RS)
- Esportivo de Bento Gonçalves (RS)
- Inter de Santa Maria (RS)
- Grêmio de Bagé (RS)
- Rio Grande (RS)
- Avenida de Santa Cruz do Sul (RS)
- Cachoeira do São José (RS)
- Novo Horizonte (GO)
- Rio Pardo FC (RS)
- Legião (Brasília)
- Guarani de Venâncio Aires (RS)
- Crac (GO)
- Chapecó (SC)
Títulos conquistados
- Campeão Estadual Juvenil (Concórdia de Roca Sales)
- Vice-campeão gaúcho júnior (Lajeadense) - goleador
- Vice-campeão gaúcho Série B (Inter de Santa Maria)
- Campeão gaúcho Série C (Rio Grande-RS)
- Vice-campeão Regional Série B (Internacional)
- Campeão Regional Série B (Internacional)
- Campeão municipal de Roca Sales (Concórdia)
- Campeão municipal de Encantado (Cruzeiro)
- três vezes campeão municipal de Lajeado (Jardim do Cedro, Estudiantes e Delfino Costa)
- Campeão municipal de São Lourenço do Sul (Botafogo)
- quatro vezes campeão interno de minifutebol Sete (Galera) – duas vezes goleador
- uma vez campeão interno de minifutebol sete (Tabajara)
- uma vez campeão interno de minifutebol sete (Torino)
- três vezes campeão veterano Clube Sete de Setembro (Tabajara)
- Vice-campeão municipal de Progresso (Flamengo)
Fonte texto: Carine Krüger

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