08/08/2017

Maninho, Neco e Cassi

Irmãos Scaravonatto vestem a mesma camisa no minifutebol

Irmãos Scaravonatto vestem a mesma camisa no minifutebol

Desde o início do ano, Maninho, Neco e Cassi defendem A equipe Metralhas no campeonato interno do Clube Tiro e Caça (CTC)Nascidos em épocas diferentes, não é comum que três irmãos escolham o mesmo esporte para praticar. Entretanto, ainda mais curioso do que isso é o fato de todos vestirem a mesma camisa quando o assunto é minifutebol. Mas, como para toda a regra existe uma exceção, vamos apresentar a história de Cassiano Scaravonatto, 37 anos, o “Cassi”; de Cleverson Scaravonatto, 35 anos, o “Maninho”; e de Jeferson Scaravonatto, 29 anos, o “Neco”. A ligação com o mundo futebolístico começou a fazer sentido quando Cassi ganhou uma bola de presente do pai. Ao receber o brinquedo, a frase dita pelo menino, naquela ocasião, é lembrada com muito carinho até hoje. “Pra mim, bola significava gol.” Com uma goleira improvisada, feita de tijolos, o garoto fazia questão de jogar futebol e dividir o espaço da Rua XV de Novembro com os poucos veículos, que uma vez ou outra, por ali trafegavam.Aos 7 anos, Cassi passou a integrar o time da escolinha do Clube Sete de Setembro, onde participou de campeonatos internos e do Piá. “Lembro que fomos campeões duas vezes e, em outras duas vezes, ficamos com o vice.” Paralelamente às partidas de futebol, o garoto também praticava voleibol e basquete no Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat). “O futebol sempre foi o esporte do fim de semana.”Assim como o irmão mais velho, Maninho frequentou as aulas da escolinha do Sete. “Nossos pais eram sócios do clube e recebemos um convite para jogar. Então, passamos a integrar a equipe e a treinar com o professor Farelinho.” Mais tarde, o garoto foi convidado por Mineiro para defender a camisa do Nacional, uma escolinha bastante conhecida na época. “Tenho inúmeras medalhas pela categoria de 1980. Tudo o que a gente jogava, ganhava, pois o time era muito bom.”Maninho revela que atuou como lateral esquerdo titular somente quando as partidas disputadas eram nas categorias 1980/81. “Joguei o Campeonato Piá até meus 14 anos. Fomos campeões pelo Nacional e, depois, pelo Torino.” Para seguir os passos dos irmãos Cassi e Maninho, o caçula não perdeu tempo e, aos 7 anos, ingressou na escolinha do Sete e depois também defendeu a camisa do Torino. “Fui jogando muito por função dos meus dois irmãos.” Aluno do Colégio Madre Bárbara, Neco também disputava os campeonatos do CMB e fazia boas partidas como meia-atacante. 

A era CTC

Em 1994, Cassi ingressou no campeonato interno de minifutebol do CTC. O primeiro time do jovem foi o Cultural, em que conquistou o título de campeão. Depois, o atleta migrou para o Metralhas, onde ficou por um bom tempo e disputou cinco finais, sendo que, em uma delas, foi consagrado o melhor meia-esquerda do campeonato. “Já são 21 anos de jogos no CTC.” Após o período no Metralhas, Cassi foi para o Coroas Mirim C e, em 2010, retornou para o Metralhas, onde joga até hoje.Como é um dos fundadores do Metralhas, Maninho participou do time desde o início. “No primeiro ano, já subimos para a Segunda Divisão.” Mas, depois, assim como Cassi, ele resolveu atuar no Coroas Mirim C. “Era um time de amigos.” Em 1997, o grupo ficou com o vice-campeonato da Segunda Divisão. “De 1998 até 2013, sempre joguei a Primeira Divisão, mas a melhor colocação que conseguimos com o Coroas C foi o 3º lugar.”Maninho conta que o nível de futebol na Primeira Divisão era alto, e o grupo entendeu que seria mais interessante buscar outra forma de jogar bola. “Naquele momento, o time Coroas C decidiu jogar veterano e cada um poderia atuar onde quisesse. Eu e o Cassi fomos para o veterano e conquistamos o bicampeonato.” Paralelamente às atuações no Coroas C, Maninho treinou o Metralhas durante cinco ou seis anos e, em 2014, passou a jogar no time. A chegada de Neco, à equipe, se deu no início de 2016, selando, assim, a parceria entre os irmãos. Antes disso, o caçula atuou, com os amigos, no Sequela, e de 2002 a 2015, passou da Terceira para a Primeira Divisão do campeonato. Durante esse período, Neco foi a revelação da Terceira Divisão, no ano de 2003; melhor meia-direita e destaque em 2004; revelação da Segunda Divisão em 2007; e melhor meia-direita da Segunda, no ano de 2008.

Jogos em família

Os irmãos garantem que é muito gratificante poder jogar junto um campeonato, pois os três não gostam de perder, e enfrentar um o outro não era uma tarefa fácil. “A única coisa que lamento é de não termos começado antes, quando éramos mais competitivos. É muito prazeroso jogar em família”, garante Cassi.Maninho define que o trio é bastante competitivo. “Sou focado mais na marcação e na visão de jogo. O Cassi é mais técnico, enquanto o Neco é habilidoso.” Neco afirma que, no início, até ficou com medo de jogar ao lado dos dois irmãos, pois os três não gostam de perder. “Achei que íamos nos cobrar e xingar um o outro, mas estou me surpreendendo. Só faltam as vitórias.” Cassi destaca que a ideia dos irmãos é continuar jogando junto, mas tudo dependerá da decisão individual. “Para os nossos pais é muito bom, pois antes era difícil acompanhar os jogos dos três filhos. Até isso facilitou”, observa Maninho.

Texto: Carolina Gasparotto

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