04/08/2017

Claudiomiro Marques, o “Pipoca”

Pipoca estourou no mundo do futebol

Pipoca estourou no mundo do futebol
Claudiomiro Marques, 33 anos, joga seis vezes por semana. Com a camisa 9, foi possível comprar casa, automóvel e motocicleta
Não é na panela que ele faz sucesso. Claudiomiro Marques, 33 anos, o “Pipoca”, construiu sua carreira no futebol. Dentro das quatro linhas, o camisa 9 coleciona títulos e gols pelas equipes por onde passa. Diferentemente de como muitos dos seus colegas de time encaram o campo, para ele, as quatro linhas são o ambiente de trabalho, já que a modalidade esportiva é encarada como profissão. Ele joga seis vezes por semana, inclusive aos sábados e domingos.
Com 9 anos, Pipoca teve o seu primeiro contato com a bola. Após receber do irmão o apelido, ele conta que nunca mais conseguiu deixar o futebol. “Meu momento mais marcante no mundo da bola foi quando eu joguei pelo Guarani de Venâncio Aires, ao lado do Bolívar, e tive como técnico o Mano Menezes.”
O atleta revela que o futebol é a sua paixão e que pratica o esporte com muita alegria, não apenas pelas conquistas materiais, mas principalmente pelas amizades feitas ao longo dos anos e pelo aprendizado e crescimento pessoal. “Quando comecei, não sabia nada de tático dentro do campo; às vezes corria errado. Hoje, aprendi muito com meus erros, até porque passei pelo profissional. Sinto que estou mais experiente e treinei muito para que isso acontecesse.”
Fã de Ronaldinho Gaúcho, Pipoca diz que o presente que mais marcou a sua carreira como jogador de futebol foi a camisa do Bayer Leverkusen que o Fábio Rochemback trocou com o Lucio na Champions League, no jogo contra o Barcelona. “Tenho ela original de jogo. Ganhei do Fábio em uma partida em Soledade.”
As conquistas fora de campo
Após anos de jogos, Pipoca conseguiu comprar a sua casa própria, a mobília, um automóvel e uma motocicleta, mas nenhuma dessas conquistas o fez esquecer o seu maior objetivo. “Meu sonho como jogador é ver meu filho ser jogador profissional e viver disso.”
Longe dos campos, o jogador diz que é amigo de todo mundo e um bom pai. “Cuido dos estudos dos meus filhos e preservo a imagem que conquistei ao longo desses anos, fazendo sempre tudo certo.”
Com sua esposa, Pipoca teve dois filhos e cuida de seu enteado como filho desde os 5 anos do garoto. “Na verdade, tenho três filhos.”
Lição de atleta
Pipoca diz que o futebol deu uma direção para a sua vida. “Sempre digo que a bola me salvou do mundo errado, pois, onde moro, vejo muitos talentos se perdendo.” O atleta afirma que se tivesse tido mais cuidados durante a sua carreira poderia ter se tornado um grande atleta profissional. “Toda criança que entra no mundo da bola tem muito mais chances de se tornar uma pessoa correta.”
Por viver a realidade de diversas crianças carentes, o atleta diz que gostaria de ter condições financeiras para abrir uma escolinha de futebol no seu bairro. “Sinto muito em não poder fazer nada, tinha vontade de abrir uma escolinha, mas preciso trabalhar para sustentar os meus filhos.”
Alguns títulos no futebol amador
Campeão municipal em Santa Clara, no ano de 2008;
Campeão com o Travesseiro no Regional (Série B);
Tricampeão municipal de Cruzeiro do Sul;
Tricampeão municipal com o São Brás de Linha Moisés, em Boqueirão do Leão;
Campeão municipal com o União de Carneiros;
Campeão municipal de Lajeado pelo Jardim do Cedro;
Campeão regional 2009 com o Gaúcho de Teutônia (Série A);
Campeão municipal com o Canarinho de Cruzeiro do Sul;
Campeão estadual com o Flamengo de São Valentim, de Bento Gonçalves;
Campeão municipal de Paverama;
Campeão municipal com o Cruzeiro de Coronel Pilar;
Campeão da Série Bronze, pela Alaf;
Campeão com a STF de Teutônia;
Campeão com a Soeva de Venâncio Aires;
Campeão estadual Série Bronze, com a Alaf;
Campeão da Taça RBS 2012, com o Ecas de Arvorezinha;
Campeão livre masculino Cafusal 2010;
Campeão no Clube Esportivo Sete de Setembro, com o Galera, Cos’Mano e Viracopos;
Campeão no Clube Tiro e Caça, com o Galera e quatro vezes com o Só Bala;
Campeão na Soges, com o Aldeia.
** Pipoca também vestiu a camiseta do Guarani de Venâncio Aires, Clube Esportivo Lajeadense, Brasil de Farroupilha e Potiguar do Rio Grande do Norte, mas não chegou a conquistar títulos durante sua passagem pelo futebol profissional.
Texto: Carolina Gasparotto

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