03/08/2017

Roque Hepp

Vale terá nova equipe de futebol master para sessentões

Projeto novo
Vale terá nova equipe de futebol master para sessentões
Projeto ainda está em estudo na gaveta do escritório de Roque Hepp, mas deverá sair do papel no segundo semestre de 2016
O time de futebol de campo master, que por dez anos levou o nome da região em campeonatos pelo Estado, deverá voltar à ativa no segundo semestre deste ano, mas em um novo modelo: agora, será o time dos sessentões. À frente do projeto está Roque Hepp (65), que durante anos organizou o time local.
A turma que antes tinha 50 anos e dava show com os pés dentro de campo, agora tem mais de 60 anos e quer voltar à ativa com um time especial para a faixa etária. A adequação oportunizará que os craques da bola tenham uma competição justa e saudável.
De acordo com Hepp, hoje há competições para essa idade em Santa Maria e em Montenegro. O mesmo grupo que começou a jogar em 2001 (Roque , Luis Carlos de Oliveira, Marino Rohr, de Arroio do Meio; e Ênio Costa, de Estrela), em Portão, pelo master local, é o que está participando dessas competições estaduais.
Hepp diz que há meses vários jogadores pedem que ele execute esse projeto porque têm interesse em participar. O União de Carneiros, inclusive, teria disponibilizado o campo de futebol para que os atletas treinassem e fizessem suas competições locais.
A ideia está sendo formatada por Roque e pode sair do papel logo.
Como começou o master no Vale
Em 2001, Roque Hepp completou 50 anos. Ele e um grupo de amigos (Luis Carlos de Oliveira; Marino Rohr, de Arroio do Meio; e Ênio Costa, de Estrela) decidiram levar mais a sério o futebol e retornar aos campos. Aceitaram uma proposta em Portão e foram competir o Campeonato de Futsal Master com times como Grêmio, Inter, Esportivo de Bento, São José de Porto Alegre e outros de renome no Estado. Lá ficaram por dois anos.
Depois de uma união maior entre amigos e muitos contatos e pedidos, o grupo fundou, em 2004, o time de futebol de campo Master de Forqueta, de Arroio do Meio. Os jogadores eram de todo o Vale do Taquari.
Para expandir ainda mais a equipe e o nome, o grupo acabou se mudando para Lajeado e criou um novo time Master Lajeado. Hepp ficou à frente desse grupo por dez anos. “Reunimos na época os melhores jogadores, com mais de 50 anos, da região, ou que já haviam passado por times daqui. Tínhamos um grande time, respeitado em todo o Estado.” Segundo o atleta, eram, em média, 25 jogadores por ano que integravam, efetivamente, o plantel. Todos eram ex-atletas e com a vida ainda muito ativa dentro de campo.
As vitórias
O time Master de Lajeado participava e ia muito bem nos campeonatos gaúchos de futebol master. Nos últimos anos de gestão de Roque, chegaram sempre às finais e por detalhes não ficavam campeões. “Lamentamos sempre não termos os títulos, apesar de que um 2º lugar sempre era ótimo também.”
Duas vezes, o time perdeu a final contra o Esportivo de Bento e uma vez contra o Grêmio de Porto Alegre.
Nesse trajeto também conquistaram quatro vezes as taças mais importantes guardadas na estante de Hepp: troféu disciplina. O time Master de Lajeado obteve quatro vezes o título de ser o grupo mais disciplinado em campo, com menos cartões e faltas. “Isso era fantástico.”
Conforme Hepp, um dos grandes problemas que fizeram com que eles não conquistassem o campeonato eram as lesões. “Os jogos eram em dias muito frios, e nós já somos senhores (risos). Tínhamos muitas lesões sempre.”
A amizade
Muito além de esporte, da atividade física e de se manterem ativos, esses senhores do futebol prezam a amizade que conquistaram dentro de campo e que extrapola os gramados. O grupo ficou tão unido que se encontra fora de hora e integra as famílias. “O time significava família e amizade. Todos levavam a família aos campeonatos. Aos fins de semana, todos se encontravam, além de fazermos novas amizades em todos os lugares onde jogávamos.”
Para um ano
Em 2014, Roque deixou o comando do grupo. Ele diz que era muito envolvimento e comprometimento em sempre montar um time. Afirma que aos domingos passava o dia ligando para jogadores confirmando a participação deles. E isso durante os seis meses de campeonato.
Assim, um novo grupo assumiu. Mas não foi bem nos últimos anos. Por dois anos chegou até as quartas de final e, no ano passado, deixou de ir a uma partida e acabou punido, sendo afastado por um ano do campeonato. Deve retornar no ano que vem, mas, segundo Hepp, os organizadores terão um grande trabalho de reorganizar e começar tudo do zero.
Jogos na praia
O grupo também disputa campeonatos na praia. Há dois anos, saiu de Tramandaí e foi para Oásis do Sul, onde há dois anos chegou como vice-campeão. Hepp diz que esse time se mantém ativo porque é um compromisso de apenas dois meses e que, no fundo, se torna um lazer e reencontro de amigos. “Ocorre sempre no verão. São seis jogos apenas.”
Saiba Mais
O Campeonato Gaúcho de Futebol Master é um campeonato de futebol com jogadores a partir de 50 anos, realizado no Rio Grande do Sul. A primeira edição do torneio ocorreu em 2004.
O maior campeão da competição é o Esportivo, com cinco títulos. Logo depois, com dois, vêm a equipe de Bento Gonçalves Bento Master, bem como o São José de Porto Alegre.
Texto: Carine Krüger

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